sexta-feira, 27 de março de 2009

ATELIER DE FRANCISCO BRENNAND RECIFE-PE

Impressionante museu ao ar livre, impregnado de mistérios e simbologias, retrata a obra do ceramista e artista plástico pernambucano Francisco Brennand. São mais de duas mil peças.
Quem visita pela primeira vez a Oficina Francisco Brennand, na Várzea do Capibaribe, cidade do
Recife, em Pernambuco, espanta-se com a ostentação do local, que mais parece um antigo templo; e estranha as formas inusitadas e nada convencionais que o escultor emprega em suas obras; mulheres disformes, objetos fálicos e figuras que remetem ao erotismo ou a seres mitológicos podem causar estranheza ao olhar mais puritano.
No entanto, é justamente esta inquietação, traduzida em espanto ou admiração, que Brennand espera dos visitantes. “Já teve até uma senhora que chamou a oficina de Museu de Horrores, de carnificina. A opinião dela não me incomodou. Gosto de ouvir o que os visitantes têm a dizer sobre meu trabalho”, disse o escultor ao acompanhar um grupo em visita à sua oficina.
Povoada e silenciosa, plural e única. Assim é a
Oficina Cerâmica Francisco Brennand. Um espaço que, ao mesmo tempo, é oficina e museu, onde, entre templos e jardins, o artista modela em barro símbolos e alegorias, colocados como painéis nas paredes ou como imagens em nichos.
Cercados por jardins encontram-se em exposição permanente murais painéis, esculturas; cerca de duas mil peças de grande e médio portes. A modelagem é primorosa e, geralmente, os trabalhos são decorados com cores intensas. A queima é realizada em forno de alta temperatura - 1.400° C, combustão a óleo, sempre com vitrificação. As massas usadas na confecção das peças são produzidas no próprio local com argilas de diversas procedências - Piauí,
Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco.
Lá estão gravadas palavras de escritores e poetas que, como Brennand, buscaram a essência da cultura universal. “Não interrompam este silêncio, não interrompam este sonho”, aponta o escultor.




O artista autografando um exemplar de uma de suas publicações que tivemos o prazer de trazer como recordação.


Tivemos a honra que o artista com toda a sua humildade, mostrando todo o seu atelier.







































terça-feira, 17 de março de 2009

14 DE MARÇO - ANIVERSÁRIO DE CASTRO ALVES

Aos quatorze dias do mês de março, no ano de 1847, nasceu Antônio de Castro Alves, na fazenda Cabaceiras, a sete léguas da vila de Curralinho, hoje cidade de Castro Alves. Era filho do Dr. Antônio José Alves e D. Clélia Brasília da Silva Castro.
Passou a infância no sertão natal, e em 54 iniciou os estudos na capital baiana. Aos dezesseis anos foi mandado para o Recife. Ia completar os preparatórios para se habilitar à matrícula na Academia de Direito. A liberdade aos 16 anos é coisa perigosa. O poeta achou a cidade insípida. Como ocupava os seus dias? Disse-o em carta a um amigo da Bahia: "Minha vida passo-a aqui numa rede olhando o telhado, lendo pouco fumando muito. O meu ‘cinismo’ passa a misantropia. Acho-me bastante afetado do peito, tenho sofrido muito. Esta apatia mata-me. De vez em quando vou à Soledade." Que era a Soledade? Um bairro do Recife, onde o poeta tinha uma namorada. O resultado dessa vadiagem foi a reprovação no exame de geometria. Mas em 64 consegue o adolescente matricular-se no Curso Jurídico.
Se era tido por mau estudante, já começava a ser notado como poeta. Em 62 escrevera o poema "A Destruição de Jerusalém", em 63 "Pesadelo", "Meu Segredo", já inspirado pela atriz Eugênia Câmara, "Cansaço", "Noite de Amor", "A Canção do Africano" e outros. Tudo isso era, verdade seja, poesia muito ruim ainda. O menino atirava alto. "A poesia", dizia, "é um sacerdócio — seu Deus, o belo — seu tributário, o Poeta." O Poeta derramando sempre uma lágrima sobre as dores do mundo. "É que", acrescentava, "para chorar as dores pequenas, Deus criou a afeição, para chorar a humanidade — a poesia."
Mas, no dia 9 de novembro de 1864, ao toque da meia-noite, na sotéia em que morava, o poeta, que sem dúvida se balançava na rede, fumando muito, sentiu doer-lhe o peito, e um pressentimento sinistro passou-lhe na alma. Pela primeira vez ia beber inspiração nas fontes da grande poesia: essa a importância do poema "Mocidade e Morte" na obra de Castro Alves. Uma dor individual, dessas para as quais "Deus criou a afeição", despertou no poeta os acentos supremos, que ele depois saberá estender às dores da humanidade, aos sofrimentos dos negros escravos (O Navio Negreiro), ao martírio de todo um continente (Vozes d'África). Não era mais o menino que brincava de poesia, era já o poeta-condor, que iniciava os seus vôos nos céus da verdadeira poesia. Naquela mesma noite escreve o poema, tema pessoal, logo alargado na antítese mocidade-morte, a mocidade borbulhante de gênio, sedenta de justiça, de amor e de glória, dolorosamente frustrada pela morte sete anos depois.

(Manuel Bandeira)





" O Poeta derramando sempre uma lágrima sobre as dores do mundo. "É que", acrescentava, "para chorar as dores pequenas, Deus criou a afeição, para chorar a humanidade — a poesia."

O Olhar contemplando o busto do homenageado - Castro Alves




A musicalidade homenageando o poeta maior



Filarmonica Lira Muritibana, em homenagem ao nosso poeta Castro Alves
14 de março de 2009
Muritiba-Bahia-Brasil.




























INSTITUTO PRESERVAR

Criado em 2004, com o intuito de captação de recursos para a restauração e revitalização do Conjunto do Carmo da cidade de Cachoeira, o que conseguimos concretizar em 2006, estava com as suas atividades paradas. A partir deste novo momento, iremos tentar ajudar as cidades do recôncavo, no que tange a preservação e conservação do seu patrimônio histórico, seja material ou imaterial, tangível ou intangível, vamos precisar de ajuda de todos, o nosso primeiro objetivo será a criação de uma Cartilha sobre Preservação.

"PRESERVAR O PATRIMÔNIO ARTÍSTICO, CULTURAL E NATURAL É ALFABETIZAÇÃO"
(Drumond de Andrade)

segunda-feira, 16 de março de 2009

FÉ E RELIGIOSIDADE DE UM POVO

Reinicio as atividades de nossas postagens, mostrando uma das maiores expressões de fé do recôncavo bahiano. A procissão de Senhor do Bonfim da cidade de Muritiba, momento singular da "Fé e Religiosidade de um Povo".

























































































































































































quarta-feira, 11 de março de 2009

Estou de volta

Peço desculpa, tive um problema com os meus arquivos, este tal de virus, mas, estarei voltando a publicar fotos a partir desta sexta feira, um grande abraço a todos. E obrigado por acessar o nosso blog.