segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Conselho da Hansen Bahia
A Fundação e Museu Hansen Bahia, entidade cultural de direito privado com sede na cidade de Cachoeira, região do Recôncavo baiano, e que tem o nome do artista alemão Karl Heinz Hansen (1915–1978), deve ganhar até o mês de dezembro (2010) novo modelo de gestão e auto-sustentabilidade.
Desde a sua criação, na década de 1970, que a fundação se propõe a divulgar e promover as 13 mil peças do acervo do artista e da sua esposa Hilse Hansen, mas nesse período suas ações vinham tendo recursos dos poderes públicos estadual e federal como única fonte de sustento. De acordo com o secretário de Cultura da Bahia (SecultBA) e atual presidente do Conselho da Fundação Hansen, Márcio Meirelles, a gestão e a sustentabilidade de fundações, museus e instituições culturais em todo o mundo, inclusive no Brasil, dispõem de atuação mais vasta e complexa que garantem manutenção, sobrevida e permanência dessas entidades, sem depender exclusivamente dos poderes públicos.
“Um dos exemplos no Brasil é a fundação gaúcha privada Iberê Camargo criada em 1995 que promove mostras, oficinas, cursos, seminários, encontros e estudos da arte contemporânea em todo o país com parcerias de empresas como Gerdau, Banco Itaú, Camargo Corrêa e IBM”, cita. O secretário destaca que essa fundação também conta com recursos e leis de incentivo à Cultura dos poderes públicos, mas busca administração mais arrojada e inserida no mercado artístico e cultural nacional e local.
Outro exemplo brasileiro de entidade cultural privada que não se respalda só em recursos públicos é o Instituto Tomie Ohtake. Inaugurada em 2001, a entidade dispõe de dois prédios na cidade de São Paulo, um centro de convenções e um centro cultural unidos por um grande hall de serviços, todos construídos somente com recursos privados. Goethe Institut, Visa, HP e o banco alemão Deutsche Bank são alguns dos principais parceiros desse espaço paulistano. O secretário lembra que se o Tomie Ohtake, cujo nome homenageia artista nipo-brasileira, consegue apoio financeiro de um banco alemão, imagine a fundação de um artista germânico que escolheu o Brasil para morar. Em todo o mundo, entidades culturais conseguem auto-sustentabilidade com recursos do setor privado – que descontam seus impostos através das leis de incentivo fiscal -, assim como, de promoções próprias, como venda de ingressos, seminários e cursos, comercialização de produtos, entre outras estratégias conhecidas da Economia da Cultura.
A expectativa do Conselho é que a Fundação Hansen Bahia, criada há 32 anos, já tenha nova proposta de gestão até dezembro deste ano (2010) para se encontrar definitivamente no século 21 com sua inserção efetiva no mercado artístico-cultural do nosso país e outros continentes.
Um novo conselho foi empossado dia 25 de setembro, visando buscar novo perfil conceitual e executivo para a Fundação. Ele reúne pessoas de diferentes áreas de atuação comprometidas com a missão de tornar a Fundação Hansen Bahia em referência nacional e internacional, sem perder de vistas as relações regionais. Dentre os conselheiros está o reitor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Paulo Gabriel Nacif, que empreende esforços para modernizar a Hansen Bahia. “O nosso interesse é que a transição conte com o apoio da universidade, mas a Fundação terá que administrar a sua auto-sustentabilidade no futuro”, esclarece Nacif. A UFRB criou comissão técnica formada por professores e cedeu um gestor especializado - aprovados pelo conselho da Hansen Bahia - que terão a tarefa de criar e apresentar o novo sistema de gestão.
A SecultBA também investe em instituições de caráter privado. Só neste ano, o Fundo de Cultura investirá R$ 1,5 milhão para museus, arquivos, teatros e centros culturais. A Bahia é o único estado brasileiro que tem programa de apoio a instituições privadas com ações continuadas. Outras informações através dos sites www.ipac.ba.gov.br e www.cultura.ba.gov.br, ou na Hansen Bahia: (75) 3438-3442 e endereço eletrônicohansenbahia@uol.com.br. Confira os integrantes do atual Conselho da Fundação Hansen Bahia:
CONSELHO

1.     Secretário de cultura do estado da Bahia
2.     Diretora geral da Fundação Cultural do estado da Bahia - FUNCEB
3.     Diretor Geral do IPAC
4.     PREFEITO DE CACHOEIRA
5.     PREFEITO DE SÃO FÉLIX
6.     INSTITUTO GOETHE / ICBA
7.     ESCOLA DE BELAS ARTES / UFBA
8.     FÁBIO COSTA PINTO
9.     PEDRO COSTA PINTO
10.   PAULO NACIF - REITOR UFRB
11.   JOSÉ AUGUSTO COSTA
12.   JOMAR LIMA
13.   NAYSON QUEIROZ
14.   ARY DA MATA E SOUZA
15.   MARIO JORGE DE FREITAS GORDILHO
16.   JOÃO SILVA
17.   CLÁUDIO MANOEL DUARTE
18.   CYNTIA NOGUEIRA
19.   ALEJANDRA MUÑOZ
20.   AYRSON HERÁCLITO
21.   LUIZ ALBERTO RIBEIRO
22.   DAVI CASAES
Assessoria de Comunicação – IPAC – em 19.10.2010
Jornalista responsável Geraldo Moniz (1498-MTBa)


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